IA é Selvagem. Domine a IA antes que a IA domine você

É mais sensato ficar à frente da curva do que ficar para trás.

Thiago Toshio Ogusko
3 min readFeb 13, 2024

Em 2024, confiar APENAS no ChatGPT não será suficiente; a magia acontece quando você mistura seu conhecimento existente com o poder de Al.

Olá a todos,

Hoje, gostaria de compartilhar com vocês algumas reflexões sobre a arte, a criatividade e o impacto das tecnologias emergentes, como a inteligência artificial, em nosso processo artístico. Ao longo da minha jornada como tecnologo criativo, tenho percebido como projetamos significado nas coisas ao nosso redor assim como o artista, destacando a perspectiva única e, por vezes, bizarra que nós, artistas e tecnologos, trazemos para o nosso trabalho.

Em diversos momentos, envolvido em um processo criativo, senti uma espécie de contato com algo diferente. Sabe aquela coisa, “ Vai lá e faz”. Talvez seja uma inteligência distinta, uma forma de pensamento única. É difícil encontrar a palavra certa para descrever essa experiência, mas é como se estivéssemos conectados a algo além do nosso entendimento convencional que nos motiva a quebrar as coisas.

Ao explorar as novas fronteiras da criação artística com as tecnologias emergentes, como a inteligência artificial, percebo que estamos em um momento de transição. A incerteza paira sobre o verdadeiro potencial dessas novas mídias, e muitas vezes nos vemos tentando encaixá-las em estruturas existentes, assim como fizemos ao adaptar peças teatrais para o formato cinematográfico no passado.

Refletindo sobre representações de música futura na ficção científica, noto como frequentemente espelham a música contemporânea da época. Isso nos lembra que nossa visão do futuro é moldada pelo presente em que vivemos.

No entanto, ao abraçar essas mudanças tecnológicas, devemos estar cientes dos desafios que elas trazem, como possíveis fraudes e histerias culturais, devido à velocidade vertiginosa dessas transformações.

É crucial, como artistas, metabolizarmos essa mudança. Devemos incorporar aspectos das novas tecnologias em nossas obras ou reagir contra elas de maneira consciente. Estamos lidando com um ambiente onde a escala e o ritmo da mudança são comparáveis à invenção da fotografia e do cinema.

Acredito firmemente na indestrutibilidade da criatividade humana, uma força que se torna ainda mais essencial diante das patologias sociais que persistem e, muitas vezes, se intensificam com o avanço tecnológico. Ao experimentar com tecnologias como a inteligência artificial, percebi que, embora possam oferecer uma abordagem algorítmica, a verdadeira arte é um sistema dinâmico delicado, suscetível a influências imprevisíveis, como um dia chuvoso ou uma experiência emocional intensa.

Em meio a essas reflexões, vejo a inteligência artificial não como uma ameaça à criatividade, mas como uma ferramenta. Ao conscientemente utilizar nossos próprios arquivos e algoritmos pessoais, podemos construir algo significativo, contribuindo para uma humanização do uso das novas ferramentas, em vez de nos tornarmos meros espectadores passivos em meio a avanços tecnológicos acelerados.

Em última análise, acredito que a verdadeira argumentação para a inteligência artificial na criação artística não reside na automação, mas na humanização da máquina. Devemos estar no controle, conscientes do que criamos e capazes de moldar ativamente o futuro, em vez de simplesmente nos deixarmos consumir pelo próximo avanço tecnológico.

Agradeço a todos por acompanhar essas reflexões. Que possamos continuar a explorar e abraçar a interseção fascinante entre a arte e a tecnologia.

Toshio

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Thiago Toshio Ogusko

Produtor XR trabalhando na interseção de tecnologia|narrativa, arte|educação. Combinando audiovisual e desenvolvimento de experiência imersiva XR. @the.toshio